Atualmente muito se fala sobre a flexibilização do ambiente de trabalho, ações voltadas para humanizar as relações, esquentar o clima organizacional e transformar o trabalho em algo mais leve, até mesmo divertido.
Se precisamos amar o que fazemos nada melhor do que transformar o trabalho numa extensão de nossas casas, certo?
Eu estudo sobre reinvenção e futuro do trabalho faz algum tempo e venho me deparando com boas ações e conquistas incríveis, para empresas e profissionais.
Fui entrevistada pela TV Globo / Vanguarda sobre este tema, aqui a matéria que foi ao ar no Vanguarda Mix.
Nas empresas vemos de tudo um pouco:
- Dia do pet ir ao trabalho;
- snacks e refrigerante liberado;
- dia do chopp e da pizza;
- horários alternativos;
- dormitórios e salas de descompressão;
- vídeo game;
- dress code liberado – de bermuda a fantasia, vale qualquer traje;
- até mesmo as famosas – piscinas de bolinha com tobogã.
Algumas empresas são famosas pelo ambiente interno: Google, Facebook, LinkedIn, Ifood, Netshoes, etc… (quer citar alguma, a sua quem sabe?)
Em pesquisa realizada pelo Portal Trabalhadores.com, 52% dos entrevistados alegaram que buscam motivação no ambiente de trabalho, assim como a relação interpessoal entre colegas e líderes.
Todas estas ações influenciam no clima organizacional, que é a percepção coletiva que os empregados têm da empresa.
Mas clima organizacional não é apenas sobre um ambiente descolado onde as pessoas trabalham de bermuda ou fantasiados.
Para o clima ser positivo os funcionários precisam experimentar e validar as políticas, estrutura, sistemas, processos e valores. Será a soma de todos estes itens que irá prover a produtividade, a qualidade, a inovação e a vitalidade empresarial.
Se por um lado tem muitas empresas e profissionais obtendo ganhos incríveis com estas transformações, ajustando ambiente, políticas e posturas, por outro lado tem o que eu chamo de pseudo-startup: empresas que fingem bem!
O que diferencia uma empresa que tem a real preocupação com sua equipe de uma que só implantou ações “para inglês ver”?
As pseudo startups são empresas bonitinhas e com papo descolado. Porém, esta conversa em geral fica na fachada. Nestes ambientes é comum verificarmos um ou vários dos itens abaixo:
- Processos seletivos engessados, com etapas desnecessárias e muitas vezes preconceituosos.
- A equipe não tem tempo de utilizar o que está “disponível” ou existem regras demais para o uso, o que acaba limitando as áreas comuns. Já presenciei área de descompressão que fica trancada, o funcionário precisa pedir a chave para o líder, justificando o porquê de estar parando.
- Não existe preocupação real com a saúde e o bem estar. Muitos dos benefícios são mais para esconder as jornadas excessivas de trabalho ou fazer com que o funcionário “esqueça” de levantar para almoçar.
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Na prática, tudo se resolveria com um simples:
Faça o que fala, fale somente sobre o que faz.
Porém muitas empresas querem ser moderninhas, competitivas na atração de bons profissionais, mas acabam não sabendo como fazer isso de forma íntegra, na prática. Viram fraudes ou caricaturas.
E como as empresas podem se transformar sem se perder no caminho?
A primeira coisa que precisa mudar numa empresa, antes de pintar as paredes ou colocar uma máquina de refrigerante no corredor é a mentalidade de quem está no comando.
Definir como quer ser visto pela equipe, por aqueles que farão a divulgação sobre como é realmente bom trabalhar ali. E isso impacta no senso de pertencimento e engajamento. Aplique e veja seu turnover despencar.
Assuma sua personalidade empresarial e implante melhorias aos poucos – ouvindo sua equipe e se preocupando de fato com ela.
Comunique todas mudanças com transparência, inclusive falando sobre o que é possível ou não de ser feito – nem toda mudança acontece da noite para o dia.
Crescer é aumentar de tamanho.
Evoluir é aumentar sua influência e consciência, se transformar.
Muitos líderes e empresas precisam evoluir, não apenas crescer.
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